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quinta-feira, 15 de março de 2018

Fardos inúteis




Conta uma lenda, que dois monges que atravessavam uma área deserta quando diante de um rio violento, avistaram uma linda jovem que tentava atravessá-lo sem sucesso.


Um dos monges, não sem dificuldades, atravessou o rio e colocando a mulher em suas costas conseguiu atravessar o rio em segurança. A jovem abraçou-o agradecida, comovida com o seu gesto e seguiu seu caminho...

Retomando a jornada, o outro monge que assistiu a tudo calado, repreendeu o amigo, falando do contato carnal que houve com aquela jovem, da tentação de ter aquele contato mais direto com uma mulher, o que era proibido pelas suas leis e durante um bom trecho do caminho, esse monge falou sobre a mulher e sobre o pecado cometido até que aquele que ajudou a jovem na travessia falou: “Querido amigo, eu atravessei o rio com a jovem e lá eu a deixei, mas você ainda continua carregando-a em seus pensamentos...”

Assim, todos sabem que Deus não nos dá fardos maiores que aqueles que podemos suportar, e muitos dos nossos fardos já poderiam estar abandonados em outras curvas da vida, mas nós insistimos em carregá-los.

Levamos nossas dores e frustrações ao extremo. Dramatizamos demais, elevamos ao cubo cada dor, cada ofensa, cada contrariedade e por isso, não conseguimos relaxar, perdoar ou mesmo ser feliz, pois o peso que vamos acumulando em nossas costas são demais para qualquer cristão.

Neste dia especial, eu lhe convido a uma reflexão. Quais são os fardos que você continua carregando e que já não estão mais com você? Qual é a dor que você anda revivendo e fazendo com que velhas feridas voltem a sangrar? Por que você não consegue perdoar quem lhe magoou? Quantas oportunidades você anda deixando para trás por estar amarrado ao passado?

Desarme-se. Dos velhos pensamentos, do espírito da revolta, da tristeza. Hoje é  dia de desmontar o velho acampamento do comodismo e seguir adiante na longa jornada que a vida apresenta. Quanto mais leve a sua mochila, mais fácil a subida rumo a felicidade...

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