não eles não sabem
que o tempo é pouco
a vida urge e grita
não há tempo a perder
esconder o rosto
não vai resolver
se trancar no quarto escuro
com as mãos cerradas
crispadas de raiva
o rosto contraído
num esgar de dor
o peito aberto em ferida
que nunca cicatriza
na falta de saída
no descompasso do amor
não eles não sabem
e a vida passa sem dó
em cada esquina escura
em cada beco sujo
em cada pó de estrada
em cada pó
em cada máscara
em cada solidão
em cada desencontro
em cada grito de rancor
a vida se vai
e não se leva nada
nada se leva
tudo escorre...tudo...
...MORRE
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