Viver é uma arte e quase nenhum de nós tem talento para levá-la com dignidade. Sábios, monges, profetas repetem como um mantra que o segredo da felicidade está no presente,que também pode ser traduzido com dádiva. No entanto, parece que estamos sempre fugindo dele como se ele nos fosse ameaçador.
Repare. Conforme aprendemos uma lição, facilmente colocamo-la em automático, ocupando nosso pensamento no passado ou no futuro. “o que devo fazer quando chegar na empresa? Será que deixei a chapinha ligada?”, enquanto dirigimos ou lavamos louça, por exemplo, ao invés de prestarmos atenção no buraco, no ciclista que vem na contramão ou no pedestre incauto que não percebe que o sinal está fechado pra ele.
Já reparou que é justamente quando não estamos prestando atenção em nossos afazeres que os imprevistos acontecem? Se estão em automático, não lembraremos depois se fizemos ou não. Escovei os dentes?? Coloquei o celular na bolsa? Onde eu estava com a cabeça? No presente é que não estava.
Meditar é isso. Encarar o presente, absorvê-lo. Não é sentar e deixar o pensamento fluir para onde você não está. É concentrar-se, ou seja, estar no centro. Onde? No centro de você mesmo. Nas primeiras tentativas você irá se desanimar, porque seu cérebro está acostumado a fugir. Mas tente, vale a pena! Quando você conseguir, vai sentir necessidade de fazer sempre, e uma felicidade imensa de não sei onde que eu arrisco dizer que vem de dentro.
Se for muito difícil ter um tempo para parar e meditar, tente viver uma vida constante de meditação. Tudo o que fizer, esteja presente, preste atenção, faça com amor e dedicação.
No automático você não aproveita, nem vai se lembrar! E cada momento da vida é importante, afinal ela é curta demais e precisamos aproveitá-la ao máximo, enquanto aqui estivermos.
Você vai perceber que tudo o que você fizer será bem feito e, os percalços que cruzarão o seu caminho, não serão culpa sua. Você vai estar bem consigo mesma e será feliz da maneira mais autêntica: de dentro pra fora.
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