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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Quatro Meses de Saudades

Quando tu partiste
Eu não soube o que sentir...
Sempre é assim
Quando a última pétala cai ao chão...

Vi sua rosa se desmanchar
Aos poucos
Com o fim da primavera...
Vi seus espinhos, aos poucos
Cederem.
Vi sua cor escurecendo
De um sangue vivo para um vinho profundo...
E suas pétalas abertas e frágeis...

Eu vi... Eu vi a esperança de, em vão,
Colocar-te de volta no vaso com água,
Reanimar-te, quando a vida já não podia ser absorvida...
Vi seu brilho, a ausência dele,
E senti seu perfume...
Seu perfume de flor...
Guardei-te num livro, cuidadosamente,
Entre as páginas de nosso capítulo favorito...
Mais uma vez eu tentei regar...
E lágrimas caíram-me sem que pudesse evitar

Até mesmo as mais belas flores padecem...
Até mesmo a mais bela delas...

Pensa que a vida é bonita e a espera nem sempre é vã, para aquele que acredita na surpresa do amanhã

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