Nem sempre associamos a humildade com a virtude da graça. Expressões de humildade podem algumas vezes comunicar inferioridade, afirmações de indignidade e desaprovação própria. Tais expressões vêm através de dissimulações, serviço do ego e um atentado para evocar simpatia. Em outras palavras, não são uma maneira graciosa de aceitar elogios ou agradecimentos por um trabalho bem feito.
Uma verdadeira expressão de graça deve comunicar uma elegância natural, beleza e porte – como a linha graciosa e o movimento de um dançarino de balé, ou algo que se vê em alguém que caminha com facilidade, em passo balanceado. É uma elegância que vem sem qualquer influência externa, sem nada de falso adicionado.
A verdadeira humildade vem de dentro; é uma das virtudes expressas através do coração abnegado; é uma qualidade da alma. Para que esta qualidade de graça tome forma, o ego pessoal ou self deve ser colocado de lado. Se ele é verdadeiramente humilde ele permanecerá em silêncio sobre suas realizações, sabendo que o trabalho feito satisfatoriamente falará por si só. A verdadeira humildade vem como uma graciosa virtude da alma abnegada.
Há uma graça similar que vem através da rede dos Triângulos. No serviço dos Triângulos existe uma maneira de desenvolver uma expressão de humildade grupal. Uma das qualidades necessárias para desenvolver humildade é “um senso ajustado de proporção correta”. Através da visualização do triângulo de alguém na vasta rede mundial de triângulos, deve-se apreciar a contribuição para com o todo. Nesta rede, as pessoas trabalham sem reconhecimento, satisfeitas ao perceberem que o self individual é apenas um canal disposto para as energias divinas; fica-se de lado para o bem maior. Isto é a graça da humildade fluindo através de nós.
A verdadeira humildade é aquela constante, força silenciosa que se apresenta quando alguém está disposto a permanecer no lugar reconhecido no todo. Uma particular qualidade de beleza levanta-se quando, digamos, todos os membros do grupo podem trabalhar dessa maneira; quando todos estão desinteressados de sua pequena contribuição; quando todos podem se perder no serviço para o todo, sem reconhecimento. Então uma nova e abrangente energia começa a irradiar e todos são elevados e a intenção e propósito internos do trabalho grupal são realizados. Isto é humildade grupal, uma qualidade rara de se encontrar nos dias atuais. Não há nada falso – nem reinvidicação exagerada – emergindo do grupo; somente seu propósito intencional é levado em conta. Assim como acontece com a rede de Triângulos, somente as qualidades divinas da alma de luz e amor e boa vontade serão vistos, transformando a consciência humana de egoísta em abnegada. A graça natural da alma humana se expressará no mundo em toda sua grandiosidade e beleza.
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